Bolsonaro é vidraça no sábado de protestos no país e até no exterior
Capitais como Recife, Rio de Janeiro, Maceió, João Pessoa e outras já concentravam logo cedo centenas de protestos

Mariane Veiga, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 03/07/2021 às 11:51 | Atualizado em: 03/07/2021 às 20:35
O sábado de 3 de julho de 2021 ficará como um dos maiores protestes de rejeição ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e seu governo. Em todo o país estão previstas manifestações da população, incluindo Manaus.
Conforme a divulgação dos organizadores de protesto, na capital do Amazonas vai acontecer uma “bicicleata”. Ou seja, um passeio de bicicleta que ironiza as “motociatas” de Bolsonaro. A concentração é às 15h, na praça da Saudade, no centro.
Contudo, a programação no país começou desde a manhã. Capitais como Recife, Rio de Janeiro, Maceió, João Pessoa e outras já concentravam logo cedo centenas de protestadores.
Estão no foco dos protestos as suspeitas de irregularidades do governo na aquisição de vacinas contra a covid (coronavírus), em especial o caso Covaxin. Portanto, os organizadores das manifestações julgam que Bolsonaro perdeu o eixo do discurso que o elegeu e o manteve até agora no poder: gestão sem corrupção.
Investigações sobre ministros, como os ex do Meio Ambiente (Ricardo Salles) e da Saúde (Eduardo Pazuello), além do caso das “rachadinhas” do filho senador Flávio derrubam o discurso de Bolsonaro.
Nesse rumo, a CPI da covid no Senado é especialmente emblemática a revelar, a cada dia, novos lances a embasar os protestos. A ponto até de antecipar os deste sábado, antecipados do dia 23 para contemplar, por exemplo, o “superpedido” de impeachment de Bolsonaro.
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Significado do “fora, Bolsonaro”
Conforme os analistas políticos, esse terceiro ato nacional do “Fora, Bolsonaro”, previsto para acontecer também em pelo menos sete países, pode ser o mais significativo.
Sobretudo porque as denúncias e a mobilização pela saída do presidente do cargo hoje são mais volumosas.
Mas, não é só isso. As manifestações também cobram ação do governo a favor das pessoas que estão passando fome como decorrência dos prejuízos da epidemia de covid.
Ademais, vão gritar ainda pelo avanço da vacinação, que em um semestre não conseguiu imunizar 15% da população brasileira.
Constam ainda outros temas importantes, como a melhoria do inócuo auxílio emergencial de R$ 150, além do socorro aos negócios da economia.
Em suma, para além dos apoiadores do presidente, há no país um crescente sentimento diário de insatisfação com Bolsonaro e seu governo.
Portanto, quando houver o grito de “fora, Bolsonaro”, já condensam todas essas questões.
Foto: Reprodução/site OffNews