O presidente Jair Bolsonaro recusou o convite para participar da posse dos ministros do Edson Fachin e Alexandre de Moraes como presidente e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), respectivamente.
O convite foi feito no início do mês em encontro presencial entre Bolsonaro e os dois ministros no Palácio do Planalto. Em ofício enviado ao TSE, o presidente afirmou que teria “compromissos preestabelecidos”.
“Considerando compromissos preestabelecidos em sua extensa agenda, o senhor Presidente Jair Bolsonaro não poderá participar do referido evento. Assim, agradece a gentileza e envia cumprimentos”, diz o documento.
Apesar de o presidente afirmar que outros compromissos impediriam a participação no evento, a agenda oficial de Bolsonaro não mostra qualquer atividade marcada para às 19h, horário de início da posse dos ministros no TSE. O último compromisso agendado é às 15h30, uma reunião com o advogado-geral da União, Bruno Bianco.
Há previsão de que o vice-presidente Hamilton Mourão compareça ao evento.
Na semana passada, Bolsonaro classificou a declaração do ministro sobre possíveis ataques virtuais da Rússia como “lamentável”.
O ministro disse ao Globo que países como a Rússia “têm relutado em sancionar os cibercriminosos que buscam destruir a reputação da Justiça Eleitoral e aniquilar com a democracia”.
Em discurso no Sete de Setembro do ano passado, Bolsonaro chamou Moraes de “canalha”, afirmou que ele deveria “pegar o chapéu” e deixar o STF e disse que não mais cumpriria decisões do ministro. Depois da repercussão do caso, ele ensaiou um recuo, com a intermediação do ex-presidente Michel Temer. Foi Temer quem indicou Moraes para o STF.
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Foto: Divulgação/Presidência da República