Dos 2.930 integrantes das Forças Armadas cedidos aos Três Poderes, 92,6% estão em postos abertos no governo Jair Bolsonaro e 7,2%, no Judiciário. Só um trabalha no Congresso (0,03%).
O levantamento é do portal Poder 360.
Leia mais
O levantamento de terça-feira (16) mostrou um pequeno recuo no total de militares do Exército (-3,45%) no governo em relação a 28 de fevereiro.
A participação da Aeronáutica aumentou (8,68%).
Leia análise do Poder360 à época
Em fevereiro deste ano, eram 680 no governo.
Caiu para 500 (-26,47%). Segundo apurou o Drive, a orientação da Marinha é que o pessoal exerça funções ligadas à atividade-fim.
Cargos no Executivo, só de natureza militar.
No Executivo, 480 militares da Aeronáutica estão lotados no Ministério da Defesa, chefiado pelo general Azevedo e Silva.
Na pasta ainda há 395 integrantes da Marinha e outros 367 do Exército.
No GSI (Gabinete de Segurança Institucional), a grande maioria (904) é do Exército.
Outros 139 são da Aeronáutica e 395, da Marinha.
Nos demais cargos da Esplanada, como Ministério da Saúde, por exemplo, há outros 332 militares.
Entre os militares da ativa no Executivo, existe a expectativa de passarem dois anos no cargo para incorporar 60% do salário do DAS.
A regra está dentro da reforma da Previdência dos militares, aprovada no final de 2019.
“Está dando certo“
O número de militares que integram a equipe de Bolsonaro vem crescendo desde sua posse, em janeiro de 2019.
“Está dando certo, está mudando muita gente lá. ‘Ah, está enchendo de militar’. Vai botar mais militares, sim. Com civis não deu certo. E ponto final.”
Pesquisa DataPoder360 mostra que os brasileiros estão divididos sobre a participação dos militares no governo Bolsonaro: 37% acham que isso é bom para o Brasil e 37% acham que é ruim.
O levantamento também aponta que 29% dos brasileiros confiam totalmente na atuação das Forças Armadas.
Outros 35% dizem confiar mais ou menos e 18% confiam pouco – ou seja, 50% afirmam ter alguma desconfiança. Outros 14% afirmaram não confiar nos militares.
Dos 23 ministros, 10 têm formação militar.
Também houve uma militarização no Ministério da Saúde, depois de o general Eduardo Pazuello assumir interinamente o comando da pasta, em 15 de maio, com a saída de Nelson Teich do cargo.
Ao menos 17 nomes ligados às Forças Armadas foram nomeados para o ministério sob a gestão interina de Pazuello.
Foto: Agência Brasil
Leia mais no Poder360