O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, tomou uma medida significativa ao acionar a Organização das Nações Unidas (ONU) para alertar sobre o crescente número de movimentos neonazistas no Brasil.
Em um informe enviado à ONU, o CNDH descreve um “alarmante cenário de crescimento” desses grupos, especialmente marcado pelo aumento do discurso de ódio direcionado às mulheres, à população negra e à comunidade LGBTQIAP+.
O objetivo principal do informe é garantir que a situação brasileira seja incluída em um relatório sobre formas contemporâneas de racismo que está sendo elaborado pela ONU.
Esse documento será apresentado durante a 56ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da organização, agendada para acontecer entre junho e julho deste ano.
O texto do CNDH destaca diversos casos ocorridos em Santa Catarina, incluindo a descoberta de um grupo que comercializava artefatos nazistas.
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Além disso, o informe menciona um estudo realizado pela antropóloga e especialista no assunto Adriana Dias, falecida em 2023, que revelou a presença de 63 células neonazistas em Blumenau, cidade com uma população de 365 mil habitantes, enquanto a capital paulista, com 12 milhões de moradores, conta com 96 células.
A denúncia do Brasil na ONU contra o crescimento de grupos neonazistas é um passo crucial no enfrentamento ao extremismo e à intolerância no país.
É uma chamada de atenção não apenas para a comunidade internacional, mas também para as autoridades brasileiras, sobre a urgência de adotar medidas eficazes para combater essa ameaça aos direitos humanos e à diversidade.
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