Brasil chega a 14,3 milhões de desempregados, maior taxa desde 2012
Na avaliação do IBGE, o contingente de 14,3 milhões de desempregados ficou estável frente ao trimestre de agosto a outubro de 2020 (14,1 milhões de pessoas)

Publicado em: 31/03/2021 às 09:58 | Atualizado em: 31/03/2021 às 09:58
O desemprego no Brasil ficou em 14,2% no trimestre encerrado em janeiro, segundo divulgou nesta quarta-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior taxa da série histórica já registrada para o período.
Já o número de pessoas desempregadas atingiu 14,3 milhões, contra 11,9 milhões de pessoas há 1 ano.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em dezembro, a taxa de desemprego estava em 13,9%, com 13,9 milhões de desempregados.
Em 1 ano, aumento de 2,4 milhões de desempregados
Na avaliação do IBGE, o contingente de 14,3 milhões de desempregados ficou estável frente ao trimestre de agosto a outubro de 2020 (14,1 milhões de pessoas). Em 1 ano, porém, houve alta de 19,8% (mais 2,4 milhões de pessoas) no número de desocupados no país.
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O IBGE considera como desempregado apenas os trabalhadores que efetivamente procuraram emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa.
Perspectivas
Indicadores antecedentes têm mostrado uma queda no ritmo da atividade econômica e da confiança de empresários e consumidores neste começo de ano em meio ao agravamento da pandemia.
Mesmo com a reação do emprego formal nos últimos meses, economistas avaliam que uma melhora mais consistente do mercado de trabalho só deverá ser observada no segundo semestre, a depender também do avanço da vacinação e da redução das incertezas econômicas.
A média das projeções do mercado para o crescimento do PIB em 2021 tem sido revisada para baixo e está atualmente em 3,18%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.
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Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília