O Brasil fechou o ano de 2020 com a geração de 142.690 postos de trabalho. Por outro lado, a taxa de desemprego segue em alta na casa dos 14% para 14 milhões de brasileiros.
Os dados dos trabalhadores que conquistaram espaço no emprego formal é do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Já os números do desemprego são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) são parciais e se referem de janeiro a novembro de 2020.
Sobre o número de novos empregados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse: “A grande notícia para nós é que, em um ano terrível em que o PIB [Produto Interno Bruno – soma de todos os bens e serviços] caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos”.
O ministro esteve em entrevista coletiva virtual de divulgação do Caged.
Para Guedes, o Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm), é um dos responsáveis pelo resultado. Dessa forma, evitou a demissão de cerca de 10 milhões de pessoas durante o ano passado.
O BEm foi criado pelo governo federal durante a pandemia do coronavírus (covid-19).
Pelo programa, empregadores e funcionários fizeram acordos de redução de jornada e salário ou de suspensão de contratos.
Em contrapartida, o governo pagou, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), uma porcentagem do seguro-desemprego a que o empregado teria direito se fosse demitido.
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De acordo com dados do Caged, de janeiro a dezembro do ano passado, foram 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 38.952.313 vínculos.
Isso representa uma variação de 0,37% em relação ao estoque de referência, de 1º de janeiro de 2020.
Desemprego
Em relação ao desemprego, a taxa até novembro era de 14,2%. No período, atingiu 14,1 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados em dezembro e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com a Pnad, até aquele mês, a população desocupada cresceu 7,1% (mais 931 mil pessoas à procura de emprego) frente ao trimestre anterior e aumentou 13,7% — 1,7 milhão de pessoas a mais — em relação ao mesmo trimestre de 2019.
População ocupada
Anda de acordo com os dados parciais de 2020, além do aumento no número de pessoas à procura de emprego, houve alta de 2,8% na população ocupada. Essa população chegou a 84,3 milhões de pessoas.
Conforme Adriana Beringuy, analista da pesquisa, o cenário pode estar relacionado ao retorno das pessoas que estavam em afastamento.
Com informações da Agência Brasil , UOL e G1
Foto: TV Brasil