No dia 15 de maio, assumia de forma interina o ministério da Saúde, o general Eduardo Pazuello. Ele substituiu o médico oncologista Nelson Teich que permaneceu 27 dias no cargo.
Desde então, a pasta foi militarizada por Pazuelo, inserindo o assessorado de 20 oficiais da ativa na Saúde, e tornando-se executor de tarefas do presidente Jair Bolsonaro. Dessa forma chegou a orientar o uso dos remédios da hidroxocloroquina e cloroquina, no tratamento da covid-19.
Completando 60 dias de gestão, nesta quarta-feira(15), o general passou a enfrentar dificuldades e tem o nome na frigideira do Planalto.
Durante esse período houve mudança no protocolo adotado pelo Ministério da Saúde, por exemplo, o tratamento pela cápsula Vanessa do Grupo Samel, e o procedimento, “ em caso de sintomas, procure um médico”. Anteriormente, a pasta usava a estratégia “fique em casa”.
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Óbitos crescentes
O que seria 1 semana no cargo como ministro interino, tornou-se dois meses. Desde então. o general Eduardo Pazuello viu crescimento no número de óbitos por coronavírus no país.
Na data em que assumiu a pasta da Saúde o Brasil registrava 14.817, com 824 óbitos confirmados nas últimas 24 horas.
A partir disso, 60 dias depois, conforme levantamento feito pelo BNC Amazonas, houve crescimento nefasto de 408% no número de mortes no país em dois meses de Pazuello como interino. O Brasil tem 75. 366 mortes pela covid-19, e registrou ontem 1.233 óbitos em 24 horas.
Atualmente, o país é o segundo país no ranking mundial epidemiológico, com 1.966.748 casos confirmados e mais de 70 mil óbitos. Na ponta, aparece os Estados Unidos com 3.426.046 diagnosticados positivos, com 136.458 mortes relatadas da doença.
Recursos ao Amazonas
No dia 7 de julho, o BNC Amazonas informou que o Eduardo Pazzuelo liberou o montante de R$ 232.832.035,00. Desse total, R$ 70,24 milhões foram destinados ao estado e R$ 162, 58 milhões aos 62 municípios amazonenses.
Todos esses recursos fazem parte dos R$ 13,8 bilhões que o MS liberou no último dia 1º de julho. Sobretudo aos estados (R$ 2,46 bilhões) e aos municípios brasileiros (R$ 11,34 bilhões).
A verba federal faz parte da portaria nº 1.666/2020, que serve para enfrentamento da emergência em saúde pública do coronavírus.
Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde/Agência Brasil
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