Brasil tem 7 mil mortos sem data e 4,1 mil que podem ser do coronavírus

O período analisado pelo Ministério de Saúde considerava as mortes pelo coronavírus do começo da pandemia até 13 de junho

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Mariane Veiga

Publicado em: 10/07/2020 às 10:54 | Atualizado em: 10/07/2020 às 10:57

O Ministério da Saúde havia identificado até 18 de junho a data em que de fato ocorreram 39.110 mortes por coronavírus (covid-19).

O período analisado pelo Ministério considerava os óbitos pela doença do começo da pandemia até 13 de junho.

Quatro semanas depois, as mortes com data real identificadas no mesmo período (do começo da pandemia até 13 de junho) saltaram para 49.463.

A diferença depois de 4 semanas (10.553 novas mortes identificadas para os mesmos dias passados) mostra a demora das secretarias de Saúde em notificar as datas corretas dos óbitos.

Dessa forma, ao olhar para o último gráfico do Ministério da Saúde que mostra as mortes divididas pela data real em que de fato ocorreram, estamos olhando para dados que serão significativamente alterados no futuro.

Há episódios em que se demora mais de 3 meses para identificar a data de uma morte. O último boletim, divulgado em 6 de julho, por exemplo, mostra óbitos ocorridos em 22 e 29 de março. A data dessas mortes era desconhecida até a última quarta (8).

Além disso, existe a subnotificação de casos e mortes da doença no Brasil. Até esta quarta, as autoridades investigavam mais 4.105 óbitos para determinar se a causa foi ou não coronavírus.

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Foto: Divulgação/Semcom