O Instituto Butantan estima que até agosto consiga entregar ao Programa Nacional de Imunização (PNI) as 100 milhões de doses de vacina contra o coronavírus negociados pelo governo federal. A produção, porém, ainda depende da chegada de mais insumos.
O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (1º) que mais matéria-prima para a produção da CoronaVac, vacina produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, está a caminho.
De acordo com o governador João Doria (PSDB), a nova remessa reúne 5,6 mil litros de matéria-prima, que darão origem a 8,7 milhões de novas doses.
“Acabei de receber, no meu celular, a informação de que o governo da China acaba de liberar a exportação de mais 5.600 litros de insumos da vacina do Butantan. Com isso teremos mais 8,7 milhões de doses da vacina, com previsão para 10 de fevereiro”, anunciou Doria no começo da tarde.
A entrega está marcada, portanto, para uma semana depois do desembarque de 5,4 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) que devem chegar nesta quarta-feira (3) no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior do estado. Essa remessa vai permitir a fabricação de 8,6 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.
Assim, com esses dois lotes, o Butantan conseguirá produzir 17,3 milhões de vacinas.
Leia mais
Sem dados de 44 municípios, AM tem apenas 50 mil vacinados hoje
As doses da CoronaVac levam cerca de 20 dias para ficar prontas depois da chegada da matéria-prima a São Paulo.
De acordo com o diretor do instituto, Dimas Covas, o abastecimento com esses novos insumos possibilitará a entrega, em média, de 600 mil doses por dia a partir de 25 de fevereiro.
Ainda segundo Covas, também está em andamento, em Pequim, a liberação de mais 8 mil litros de matéria-prima, porém ainda sem data certa para recebimento no Brasil.
“A produção com esse quantitativo prosseguirá muito rapidamente até a chegada dos 46 milhões [de doses já contratadas pelo Ministério da Saúde ]. Na sequência, vamos tratar dos 54 milhões e já devemos ter um cronograma ainda esta semana, assim que assinarmos o contrato com o Ministério da Saúde. Isso nos permitirá chegar a um total de 100 milhões de doses, para que possamos entregar todas até julho ou agosto deste ano”, afirmou o diretor, que calcula que os 46 milhões de doses já negociados, e com entrega acertada no contrato para até o fim de abril, só poderão ser atingidos com mais dois lotes de insumos chineses.
A assinatura para compra de mais 54 milhões de doses pelo governo federal, chegando a um fornecimento de 100 milhões de vacinas do Butantan, é esperada para esta terça-feira (2).
Leia mais no O Globo
Foto: Divulgação/Instituto Butantan