O colapso nos sistemas de saúde e funerário de Manaus e os prejuízos da pandemia de coronavírus que levaram o Amazonas ao estado de calamidade pública foram temas do quadro “O Grande Debate”, da TV CNN Brasil desta quarta (22).
“O governo federal demorou para socorrer Manaus?!” foi uma das perguntas aos debatedores, os advogados Gisele Soares e Thiago Anastácio. O evento teve participação de jornalistas da emissora.
Gisele vê o governo federal “estendendo a mão a todos os estados e os municípios”. Como resultado, disse ter tido dificuldade para entender quais os pleitos do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Ela disse também não ter entendido na entrevista de Arthur à CNN, na terça (21), “qual exatamente é o diagnóstico dos problemas que ele identificou”.
Além disso, afirmou que os números apresentados pelo prefeito “estavam confusos”.
“Ele dá a entender que não há, na certidão de óbito, uma certeza de qual seria a causa mortis, o que já me chamou atenção porque é um documento formal, que não admite esse tipo de dúvida”.
Em suma, disse que Arthur fez “discurso emocionado e inflamado, mas sem dados técnicos que justifiquem o envio de mais verbas para a capital”.
E ainda completou:
“Então, como o governo federal vai mandar dinheiro para um estado que já tem uma série de problemas, inclusive, anteriores à pandemia com relação a verbas e desvios?”.
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Valas comuns em Manaus De outro lado do debate, contudo, o advogado Thiago Anastácio avaliou que a entrevista de Arthur “beira ao desespero”.
Conforme sua opinião, governantes devem tomar providências para evitar cenas de valas comuns, como em Manaus.
“É o que precisa ser feito agora e nos próximos dias para que nós não tenhamos essas cenas tristes espalhadas por todo o Brasil. Valas comuns abertas, que não são só em Manaus, também são em Nova Iorque e ao norte da Itália”.
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Foto: Reprodução/vídeo
