Centrais sindicais articulam novo Imposto Sindical triplicado

Publicado em: 18/11/2017 às 13:01 | Atualizado em: 18/11/2017 às 13:01

Lideranças das centrais de trabalhadores não esperaram nem a nova Lei Trabalhista esquentar e já entraram em ação para mudar ou reverter o Imposto Sindical, que deixou de ser obrigatório e passou a ser facultativo.

No mesmo dia em que entrou em vigor a nova lei, esses líderes começaram uma articulação com o Congresso Nacional para recuperar o Imposto Sindical, extinto na legislação reformada. Eles trabalham para triplicar o valor de um dia de trabalho.

Uma proposta do deputado do PSB da Bahia Bebeto Galvão (foto) prevê o desconto no valor máximo de 1% da folha de pagamento.

Caso o total máximo de 1% da contribuição seja fixado na folha de pagamento de uma empresa, o valor equivaleria ao trabalhador o desconto de 3,5 dias de trabalho.

O antigo imposto sindical obrigatório equivalia a um dia trabalhado.

O texto tem ganhado consenso entre algumas centrais sindicais.

No entanto, para que haja a adoção da contribuição, a proposta deve passar por assembleia com a presença de 10% da base do sindicato.

 

Promessa de Temer

A previsão é que o fim da contribuição diminuirá em média 30% das receitas sindicais. Para os sindicatos, a queda representa a inviabilização do trabalho das entidades junto ao trabalhador. O presidente Michel Temer (PMDB) havia prometido que editaria o retorno da contribuição por meio de medida provisória, mas até o momento não houve articulação para o tema.

Diante da inércia, as centrais decidiram negociar com deputados e senadores.

De acordo com informação do jornal O Estado de S. Paulo publicada no sábado (11), a proposta do deputado Bebeto prevê multa de R$ 200 mil por funcionário às empresas que não recolherem a contribuição.

“Ao mesmo tempo, o projeto obrigará os sindicatos a fazer negociação coletiva a cada dois anos, caso contrário, a entidade terá seu registro suspenso. O objetivo seria reduzir a proliferação de sindicatos sem representatividade”, diz a reportagem.

A proposta diz ainda que 5% da contribuição serão repassados ao Ministério do Trabalho.

O uso do dinheiro seria auditado pelo Tribunal de Contas da União.

Fontes: Estadão e Congresso em Foco

 

Foto: Reprodução/ Blog Agravo