Com base nos EUA, Kodak se afunda em dívida e sinaliza falência

A Kodak, ícone do setor fotográfico com 133 anos de história, admitiu nesta segunda-feira (11) que pode encerrar as operações após acumular dívidas de US$ 500 milhões.

No comunicado aos investidores, a empresa que já teve sede na Zona Franca de Manaus (ZFM), afirmou não ter financiamento garantido nem liquidez suficiente para quitar suas obrigações. ,

Entre as medidas emergenciais, a Kodak pretende suspender pagamentos de seu plano de aposentadoria e buscar alternativas para levantar recursos. Apesar da crise, o CEO Jim Continenza disse acreditar na possibilidade de quitar parte significativa de um empréstimo e renegociar dívidas.

As ações caíram cerca de 20% nos últimos cinco pregões.

A companhia já foi o sinônimo de fotografia. Nos anos 1970, controlava quase todo o mercado de filmes fotográficos e câmeras nos Estados Unidos (EUA). Mesmo sendo pioneira na câmera digital, em 1975, não conseguiu acompanhar a transição para a tecnologia digital.

Em 2012, entrou em recuperação judicial com dívidas de US$ 6,75 bilhões, saindo 19 meses depois com foco em impressão, embalagens e filmes cinematográficos.

Kodak na ZFM

Kodak instalou sua fábrica na Zona Franca de Manaus em 1989.

Na unidade, produziu filmes, papéis fotográficos e, posteriormente, em 2006, montou câmeras digitais, consolidando sua presença durante a transição do analógico para o digital.

A operação gerou empregos, estimulou o desenvolvimento regional e tornou a marca referência em tecnologia de imagem na Amazônia por mais de uma década.

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Foto: divulgação