Como evoluiu o coronavírus no país para matar 16 mil em dois meses

Um série de problemas dentro do governo federal, como informações contrárias do presidente às orientações dos Ministério da Saúde e a troca de ministros, contribuiu para agravar as mortes no Brasil

Médico voluntário coronavírus Manaus

Neuto Segundo

Publicado em: 18/05/2020 às 12:08 | Atualizado em: 18/05/2020 às 12:08

Dois meses após a confirmação da primeira morte por coronavírus no Brasil, o país passa por uma reestruturação no Ministério da Saúde.

O combate à doença acontece em meio a desentendimentos entre o governo federal e os estados. As informações são de Fábio França, da BandNews.

A testagem em massa, recomendada por especialistas, ainda não ocorreu.

A primeira morte por Covid-19 no Brasil foi confirmada no dia 17 de março.

Eram 291 casos registrados pelo Ministério da Saúde.

A transmissão comunitária fez que estados adotassem medidas de distanciamento social.

A restrição do governo federal à entrada de estrangeiros no Brasil começou a valer em 23 de março.

Em 2 de abril, o Ministério da Saúde recomendou que todos passassem a usar máscaras.

Um mês após a primeira morte registrada, o número de óbitos no Brasil já chegava a 1.952.

Também em 16 de abril, a iminente demissão de Luiz Henrique Mandetta foi confirmada.

Nelson Teich durou menos de um mês no Ministério da Saúde.

Hoje, o Brasil é o quarto país com mais casos confirmados de coronavírus no mundo, com mais de 240 mil pessoas contaminadas.

Cerca de 94 mil pessoas já se recuperaram da doença.

 

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Números só aumentam

 

O Ministério da Saúde contabilizou 485 novas mortes por coronavírus no País, segundo balanço divulgado na noite deste domingo (17).

De sábado (16) para hoje, foram 7.938 novos casos confirmados da doença.

No total, o Brasil tem 16.118 mortes e 241.080 notificações de Covid-19.

Outros 94.122 pacientes se recuperaram até agora.

O Estado de São Paulo já tem mais mortos pela covid-19 do que o México, afirma a Secretaria de Estado da Saúde.

O total de vítimas fatais chegou neste domingo, 17, a 4.782, contra 3.709 em 10 de maio.

O país contabiliza 4.767 óbitos até o momento

As informações são da Organização Mundial da Saúde.

Na última semana, foram confirmadas 16.901 novas infecções, totalizando 62.345 diagnósticos no Estado. Isso significa que o número de casos em São Paulo é 38% maior do que o contabilizado no México.

Em 463 cidades do Estado, há pelo menos uma pessoa infectada pela Covid-19.

Óbitos decorrentes da doença foram registrados em 213 municípios.

Entre as vítimas fatais, estão 2.832 homens e 1.950 mulheres, 72,9% com 60 anos ou mais.

Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (58,6%), diabetes mellitus (43,6%), doença neurológica (11,4%), doença renal (10,8%) e pneumopatia (9,7%).

 

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Foto: Breno Esaki/Agência Saúde (Reprodução Metrópoles)