Condenado a 181 anos por estupros, médico forja exames na prisão

Publicado em: 03/08/2019 às 07:00 | Atualizado em: 03/08/2019 às 00:57

A revista IstoÉ deste fim de semana traz reportagem, destacando o ex-médico Roger Abdel Abdelmassih por ter usado de fraude para se livrar da cadeia de Tremembé (SP) e cumprir sentença de 181 anos de prisão em casa.

O nome de Roger Abdelmassih, de 75 anos, é conhecido como um dos mais grotescos da história brasileira, publica a revista.

O ex-médico renomado foi condenado a 181 anos de prisão por abusar sexualmente de dezenas de mulheres, todas pacientes em sua clínica de fertilização.

Apesar dos relatos assustadores de estupros, informa IstoÉ, enquanto elas permaneciam sob efeito de anestesia, ainda existem novas ocorrências em sua vasta ficha criminal.

Um livro intitulado “Diário de Tremembé – o presídio dos famosos”, escrito por Acir Filló, ex-prefeito da cidade paulista de Ferraz de Vasconcelos e que está preso por corrupção na mesma prisão que Abdelmassih esteve, a de Tremembé, revela que o ex-médico forjou exames para atestar insuficiência cardíaca de nível quatro.

Passando-se assim por falso doente grave, sustenta IstoÉ, ele conquistou na Justiça a prisão domiciliar em junho de 2017 – na verdade, Abdelmassih se viu atrás das grades por menos de quatro anos, uma vez que, condenado em 2010, fugiu para o Paraguai e lá esteve até 2014.

O depoimento que embasa esse capítulo do livro foi dado por outro médico: Carlos Sussumu, que, por estar cumprindo a sentença em regime semiaberto, trabalhava em Tremembé cuidando da saúde de outros presidiários.

Segundo a revista, Sussumu fora condenado por associação criminosa e extorsão, e coube a ele a tarefa aparentemente inacreditável de ensinar uma nova malandragem ao exímio malandro Abdelmassih.

No livro em questão, Sussumu admite ter assinado diagnósticos e relatórios que “não condizem com a realidade” sobre a condição clínica de seu “paciente”, fato que levou Abdelmassih para casa.

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Foto: Divulgação