Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, nesta sexta-feira (5), a suspensão do mandato do deputado Fernando Cury (Cidadania) por quatro meses.
Cury responde a processo em que a deputada Isa Penna (Psol) o acusa de importunação sexual.
A decisão prevê que o parlamentar não seja remunerado durante o afastamento.
A deputada pediu a cassação do mandato do colega após uma câmera da Casa registrar o parlamentar colocando a mão no seio dela.
Na próxima etapa, o processo segue para a mesa diretora da Alesp, que vai encaminhar o caso ao plenário.
Os deputados podem ou não ratificar a decisão do conselho.
Em nota, a deputada repudiou o resultado. “A sessão da Alesp foi um tapa na cara de todas as mulheres, mas vai ter volta, no plenário agora ninguém vai me calar”, afirmou.
A defesa do deputado estadual Fernando Cury informou em nota que recebeu a decisão do Conselho de Ética de forma muito respeitosa e, a partir desse momento, espera a apreciação do caso em plenário.
Punição seria maior
Há dois dias, o deputado Emídio de Souza (PT), relator do caso, leu o relatório com suas considerações finais, em que sugeriu que Cury fosse punido com um afastamento do cargo pelo prazo de seis meses.
O petista considerou que “o corpo da mulher não pode mais ser objeto da lascívia masculina”, e que “o fato em análise causou imensos danos à imagem, à vida e à dignidade da representante”.
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Foto: divulgação/Alesp