Por causa da pandemia do coronavírus (covid-19), a formatura de médicos cresceu no Brasil. Contudo, a principal entidade nacional da categoria não aprova a aceleração do formação do profissional.
Um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), aponta que o país passou a ter 9.653 novos profissionais nos cinco primeiros meses deste ano.
Com esse número, o Brasil formou – só nesse período – quase 70% da média anual da última década.
A maioria dos que se formaram recentemente receberia o diploma apenas este mês, mas o Ministério da Educação autorizou o encerramento do curso mais cedo .
Foi dispensada, por exemplo, a residência ao aluno que tivesse completado 75% da carga horária prevista.
O CFM vê essa antecipação com ressalvas.
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Qualidade questionada
Em entrevista à rádio Bandeirantes, o vice-presidente da entidade, Alexandre de Menezes Rodrigues, afirmou que isso interfere diretamente no desempenho dos novos profissionais. Para ele, a elevação se relaciona com a oferta de cursos de medicina.
Nos últimos seis anos, 100 novas escolas médicas foram registradas no país. Rodrigues questiona a qualidade das novas faculdades.
Ainda de acordo com o Conselho Federal de Medicina, esse aumento também é negativo porque a distribuição dos profissionais pelo país não atende às necessidades dos estados que têm o sistema de saúde mais fragilizado.
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Foto: Reuters/Andrew Kelly/Agência Brasil