A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira (29) que as contas do governo federal registraram déficit primário de R$ 49,97 bilhões em agosto deste ano.
O resultado representa piora na comparação com o mês de julho, quando o saldo foi positivo e de R$ 18,86 bilhões (valor corrigido pela inflação).
O déficit primário é registrado quando as despesas do governo superam as receitas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Quando acontece o contrário, o resultado é de superávit .
Leia mais
O resultado divulgado nesta quinta-feira representa o segundo maior rombo nas contas do governo para meses de agosto, só perdendo para agosto de 2020, momento em que a pandemia da covid-19 impactou o resultado e foi registrado déficit de R$ 114,56 bilhões (valor corrigido pela inflação). A série histórica tem início em 1997.
Em agosto de 2021, o resultado das contas do governo foi de R$ 9,07 bilhões de déficit, em valores nominais.
Projeções para 2023
Se confirmada a expectativa, será o primeiro ano com um saldo positivo das contas públicas do governo central desde 2013. A partir de 2014, o governo passou a registrar sucessivos déficits.
Apesar do resultado positivo estimado para este ano, economistas avaliam que essa melhora é pontual, pois as contas voltarão ao vermelho em 2023.
O próprio governo admite isso. Segundo a proposta de orçamento do ano que vem, enviada no fim de agosto ao Congresso Nacional, a estimativa é de um rombo de R$ 63,7 bilhões em 2023. A Lei de Diretrizes Orçamentárias autoriza fechar o próximo ano com déficit de até R$ 65,9 bilhões.
Leia mais na matéria de Jéssica Sant’Ana e Ana Paula Castro, g1 e TV Globo, publicada no portal g1
Foto: reprodução/TV Band