CPI investiga negociação paralela para compra de Astrazeneca

A Astrazeneca, parceira do governo federal na produção da vacina na Fiocruz, negou que tenha participado da negociação

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 29/06/2021 às 18:36 | Atualizado em: 29/06/2021 às 22:44

A CPI da covid no Senado investiga uma negociação paralela para a compra de vacinas da farmacêutica Astrazeneca. 

“Estavam pedindo propina.” A frase que o servidor Luis Ricardo Miranda (foto) contou, durante seu depoimento à CPI, que o seu colega de Ministério da Saúde Rodrigo de Lima ouviu de outra pessoa, refere-se a uma negociação de 400 milhões de doses da vacina da Astrazeneca entre o ministério e a empresa Davati Medical Supply. 

A proposta foi enviada ao ministério através de um documento no dia 26 de fevereiro de 2021.

O destinatário da mensagem era Roberto Dias Ferreira, diretor de logística do ministério, ligado ao líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

No mesmo dia, o Departamento da Logística do Ministério da Saúde propôs uma reunião e respondeu ao mail, dizendo que “havia total interesse na aquisição das vacinas, desde que atendidos os requisitos exigidos”.

A questão é que a Astrazeneca, parceira do governo federal na produção da vacina na Fiocruz, negou que tenha participado da negociação. E que não utiliza intermediário em negociações.

O presidente da CPI, senador Osmar Aziz (PSD-AM), anunciou que a negociação é uma nova linha de investigação.   

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Brasil