Cunha será investigado por suposta compra de votos por R$ 30 milhões

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Publicado em: 18/11/2019 às 16:04 | Atualizado em: 18/11/2019 às 16:04

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (foto) será investigado sob a suspeita de ter comprado votos por R$ 30 milhões para se eleger presidente da Câmara em 2014. A ordem da abertura de inquérito partiu do relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin.

As informações sobre possíveis irregularidades na eleição foram reveladas na delação premiada do ex-executivo da J&F Ricardo Saud.

A decisão de Fachin foi assinada na semana passada e publicada nesta segunda-feira (18) pelo G1.

Hoje, o caso deve ser encaminhado para a Presidência do STF decidir sobre se deve ir para um novo relator.

Inquérito envolve 18 políticos, incluindo Cunha. Os demais são três atuais deputados federais – Carlos Bezerra (MDB-MT), Mauro Lopes (MDB-MG) e José Priante (MDB-PA); e 14 políticos que não tinham foro no cometimento dos supostos crimes ou que tinham cargos diferentes do que exercem agora – Newton Cardoso Júnior, Soraya Santos, Vital do Rêgo, Fernando Jordão, Geraldo Pereira, Manoel Júnior, Marçal Filho, Henrique Alves, Leonardo Quintão, Saraiva Felipe, João Magalhães, Toninho Andrade, Alexandre Santos e Sandro Mabel.

A reportagem tenta contato com os envolvidos no inquérito instaurado por Fachin, segundo o G1.

De acordo com o noticiário, o ministro levou em consideração a decisão do Supremo que restringiu o foro privilegiado a atos ocorridos no cargo e que tenham relação com a função – suspeitas durante a eleição, por exemplo, são consideradas fora do mandato.

A Procuradoria Geral da República (PGR) informou que o grupo recebeu R$ 30 milhões no ano de 2014 para que Eduardo Cunha fosse eleito “para fazer contraponto à então presidente Dilma Rousseff”.

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Foto: Marcelo Camargo/ABr