Economista diz que ideia do governo de parcelar precatórios é calote
De R$ 89 bilhões que o governo deve para 2022, R$ 15,6 bilhões são para professores de dívida do Fundeb (antigo Fundef)

Ferreira Gabriel
Publicado em: 03/08/2021 às 11:27 | Atualizado em: 03/08/2021 às 11:27
Para o economista Maílson da Nóbrega, o parcelamento dos precatórios proposto pelo governo federal será o mesmo que um “calote” nos credores.
Ex-ministro da Fazenda, ele diz que a medida tem o poder de minar a confiança dos investidores nos títulos da dívida pública.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, publicada nesta terça-feira (3), Nóbrega afirma que aprovar emenda constitucional com essa finalidade “não é típico de um ministro responsável”.
Em suma, os precatórios são dívidas decorrentes de decisão judicial. Trata-se de derrota do Executivo na Justiça, sem que haja mais chances de apelação.
“O que o governo está propondo é um calote, porque os precatórios resultam de ações judiciais de longa duração, às vezes 10, 20, 30 anos. Depois que o autor da ação ganha a sua causa, vem o governo dizer ‘só te pago daqui 10 anos’?”, fala.
O Ministério da Economia estuda possíveis formas para lidar com a ordem de pagar R$ 89 bilhões em precatórios em 2022. …
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