A advogada Paola Daniel isentou o presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando que ele não pode ser responsabilizado pelo voto a favor dado pelo ministro André Mendonça, indicado pelo presidente, e responsabilizou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pela condenação do seu marido, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Cotada para disputar a Câmara no lugar de Silveira, já que ele foi condenado à perda dos direitos políticos, Paola chamou Lira de “covarde”.
“Daniel Silveira não é criminoso para ter pena estipulada. Ele não cometeu crime algum e posso garantir que ele não está assustado. Está ainda mais decidido a despertar pessoas para o que poderemos enfrentar. Arthur Lira é um covarde!”, escreveu a advogada no Twitter.
“Em tempo, o presidente Jair Bolsonaro nada tem com o voto de André Mendonça e garanto que não deixou Daniel Silveira de lado. Temos que cobrar da Câmara e do Senado pela omissão, pela covardia, pelo desrespeito à Constituição”, continuou.
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Dessa maneira, Paola se refere à decisão de Lira de não pautar pedidos apresentados por aliados de Daniel Silveira para sustar a ação penal contra ele no Supremo.
O próprio parlamentar lamentou a posição do presidente da Câmara ao fazer seu último discurso, horas antes do julgamento no STF.
Silveira foi condenado à perda do mandato e a oito anos e nove meses de prisão nessa quarta-feira (21), por incitar violência e ameaçar ministros do Supremo.
Ele pode questionar alguns pontos da decisão, mas não o seu mérito. Só após esgotado esse recurso, ele cumprirá a pena. Ainda há dúvidas sobre como se dará sua cassação.
Apesar das críticas de Paola e Silveira, Lira foi acusado por integrantes da oposição de proteger o deputado bolsonarista, por ter segurado na gaveta por nove meses pedido do Conselho de Ética para suspender o mandato do parlamentar.
Ainda no Twitter, Paola Daniel defendeu a prisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo e principal alvo de Silveira. Moraes foi chamado de “marginal” por Silveira, na tribuna da Câmara, horas antes do julgamento.
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