‘Estado paralelo na Amazônia é ofensa gravíssima’, diz presidente do Senado

Pacheco declarou que o Senado não pode tolerar essa 'atrocidade'

Mariane Veiga

Publicado em: 13/06/2022 às 16:01 | Atualizado em: 14/06/2022 às 18:02

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se manifestou sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na abertura da sessão de hoje (13).

Em discurso, ele disse que há um “Estado paralelo” na Amazônia, o que é “ofensa gravíssima” às instituições.

“Para além do sentimento humano da vida que se perde em atentado dessa natureza, há uma ofensa ao Estado brasileiro, às instituições, gravíssima. Nós, do Senado federal, não podemos tolerar essa atrocidade”, declarou.

 Dessa forma, o presidente do Senado solicitou ações das comissões da Casa para combater o crime organizado na região, incluindo o desmatamento e o garimpo ilegais.

“Precisamos ver como o Senado da República pode contribuir para o ajuste de normas e leis, com definição orçamentária, eventualmente realização de concursos públicos, o que precisar ser feito para que o Estado brasileiro esteja presente nesta região”.

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Comissão

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) solicitou a criação de uma comissão externa para investigar o caso. De acordo com a assessoria do parlamentar, o pedido deve ser apreciado ainda hoje.

A família de Dom Phillips informou que dois corpos foram encontrados hoje no Vale do Javari. Eles serão periciados para confirmar se são, de fato, o indigenista e o repórter.

 Em nota, a Polícia Federal negou que eles tenham sido encontrados, e disse que acharam “apenas materiais biológicos e pertences da dupla”.

Dom e Bruno sumiram no oeste do Amazonas no último dia 5. Eles partiram de barco da comunidade ribeirinha São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte, mas não chegaram até lá.

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Foto: Pedro Gontijo/Agência Senado