Ex-servidor do governo nega propina e tenta mudar rumo da CPI

Roberto Dias questiona se estĂ¡ sendo 'usado de fantoche' e diz ser alvo de 'retaliaĂ§Ă£o' por Luiz Dominguetti, autor de denĂºncia

Publicado em: 01/07/2021 Ă s 16:23 | Atualizado em: 01/07/2021 Ă s 16:47

O ex-diretor de LogĂ­stica do MinistĂ©rio da SaĂºde Roberto Dias emitiu nota nesta quinta-feira (1) para negar que tenha cobrado propina de representantes da empresa Davati Medical Supply para liberar a importaĂ§Ă£o de vacina contra covid.

Dias confirma que se reuniu em fevereiro com Luiz Dominguetti, representante da Davati, e com Marcelo Blanco, em BrasĂ­lia.

No entanto, ele nega que tenha havido, nesse encontro, negociaĂ§Ă£o de propina ou valor extra sobre compra.

“É importante frisar que ao contrĂ¡rio do que Ă© alegado pelo Dominguetti, o tema propina, pedido de dinheiro, facilitaĂ§Ă£o… NUNCA foi tratado a mesa ou em qualquer outro ambiente em que eu estive presente”, diz nota.

De acordo com Dias, a oferta de 400 milhões de doses da Astrazeneca, apresentada no jantar, era “uma quantidade muito improvĂ¡vel de estar a disposiĂ§Ă£o naquele momento”.

Dessa maneira, ele questiona a motivaĂ§Ă£o de Dominguetti para fazer agora a denĂºncia, chamada por ele de “histĂ³ria absurda”.

“PorĂ©m, preciso saber qual a motivaĂ§Ă£o desse senhor para nesse momento vir contar essa histĂ³ria absurda. Quem ele quer atingir ou proteger? Estou sendo usado de fantoche para algo?”, questionou.

Na terça, conforme divulgaĂ§Ă£o das denĂºncias de Dominguetti pelo jornal “Folha de S. Paulo”, o MinistĂ©rio da SaĂºde informou a exoneraĂ§Ă£o de Roberto Dias do cargo de diretor de LogĂ­stica da pasta.

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Foto: Marcello Casal Jr./AgĂªncia Brasil