A extração de Pau-de-Balsa dos últimos meses ameaçou o habitat de animais protegidos, aumentou a extração ilegal, precarizou o trabalho e dividiu as comunidades indígenas, na Amazônia.
Segundo diferentes fontes consultadas pela BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, sobre a árvore que cresce nas florestas tropicais.
“Na América do Sul, você o encontra na Cordilheira dos Andes, na Amazônia, no Peru, na Colômbia, na Venezuela e no Panamá”, diz Ricardo Ortiz, que se dedica à exportação de Pau-de-Balsa há mais de 25 anos.
Como resultado, a madeira do Pau-de-Balsa é usada principalmente para fabricar pás de geradores de energia eólica.
Vendedor e compradores
O Equador é o maior vendedor de Pau-de-Balsa do mundo. Ortiz estima que o país exporte 75% do total dessa madeira para todo o planeta.
Nesse sentido, a China, Estados Unidos e Europa são os principais compradores.
“Os chineses vieram com muito dinheiro para comprar todo o Pau-de-Balsa que pudessem. O preço da matéria-prima triplicou. Muita gente pobre que vive nas áreas de maior concentração da espécie ganhou muito dinheiro”, relata Ortiz.
Com isso, muitas das áreas de Pau-de-Balsa são habitats de animais protegidos, como onças, tartarugas, várias espécies de pássaros e outros mamíferos.
Desse modo, a febre do Pau-de-Balsa tem gerado conflitos e divisões entre as comunidades indígenas que povoam a bacia do Rio Pastaza (Equador).
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Fotos: Divulgação / Getty image e Fundação Pachamama