Os fabricantes de vacinas já começam a testar e a produzir novas versões dos imunizantes voltadas contra as variantes mais preocupantes do vírus. Com isso, querem saber quanto tempo de proteção duradoura.
Por exemplo, inclusive contra a da cepa B.1.351, a variante que surgiu na África do Sul, e segundo os testes em laboratório, carrega em si uma mutação que parece driblar a resposta imunológica do corpo humano.
Embora as primeiras evidências sugiram que a imunidade da vacina contra a covid-19 forneça proteção duradoura, os fabricantes de vacinas já começam a testar e a produzir novas versões dos imunizantes. Segundo reportagem da CNN Brasil.
Nesse sentido, este experimento vai mostrar se as vacinas adaptadas às novas cepas aumentam a imunidade e são seguras.
Por isso, o último relatório da Pfizer mostra que as pessoas vacinadas no país africano após receberem doses de sua vacina continuaram protegidas mesmo depois que a nova cepa se tornou a dominante.
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Resposta imunológica
Como resultado, experimentos em laboratório mostraram que o imunizante gera uma resposta imunológica tão forte ao coronavírus que acaba fornecendo proteção também contra as mutações.
“A vacina ainda tem resposta suficiente a ponto de gerar uma boa proteção”, disse Scott Hensley, imunologista e especialista em vacinas da Universidade da Pensilvânia.
Apesar disso, os fabricantes de vacinas não querem correr riscos.
A pesquisa inclui uma terceira dose da vacina da Moderna alterada especificamente para combater a variante da África do Sul, e também uma terceira dose da vacina original em alguns voluntários.
A ideia é saber se a resposta imune reforçada pela terceira dose original também garante uma vantagem e é segura.
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Seis meses
Além disso, em relatório divulgado em março, a Pfizer sugere que pessoas que receberam as duas doses de seu imunizante permanecem com forte proteção imunológica por pelo menos seis meses.
Os pesquisadores têm se esforçado em dizer que isso não significa que a imunidade chegue ao fim depois de seis meses, mas que a pesquisa mais extensa chegou a essa conclusão pelo menos por este período.
É provável que a imunidade dure muito mais tempo, explica Hensley.
“Eu não ficaria surpreso se concluíssemos que mesmo um ano depois da vacinação ainda haverá forte resposta do sistema imunológico”, pontua. “Nem ficaria surpreso se tivéssemos que ser vacinados apenas uma vez para tanto”.
Se isso acontecer, a vacina contra a covid-19 se assemelharia mais aos imunizantes contra o sarampo do que com as vacinas contra a gripe. No caso do sarampo, a proteção dura por toda a vida em 96% dos casos.
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Foto: Divulgação