Faltou pouco para plano de 400 milhões de vacinas chegar a Bolsonaro
Reverendo autorizado pelo governo para negociar vacinas tinha um plano para Dominguetti chegar à sala do presidente

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 08/07/2021 às 09:31 | Atualizado em: 08/07/2021 às 09:33
Faltou pouco para plano de 400 milhões de vacinas chegar ao presidente Jair Bolsonaro. Com isso, os representantes da empresa Davati no Brasil, Cristiano Carvalho e o cabo da PM Luiz Paulo Dominghetti Pereira, tentaram marcar uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro.
O objetivo era levar a proposta de venda de 400 milhões de doses de vacina Astrazeneca. Como informa o “Blog do Valdo Cruz”.
Nesse sentido, o intermediário do encontro era o reverendo Amilton Gomes de Paula (foto), da entidade Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah).
Do mesmo modo, áudios no celular de Dominguetti, apreendido pela CPI da covid trazem uma conversa entre o empresário Cristiano e Dominghetti.
Ambos articulam uma conversa com Bolsonaro para levar a proposta que eles estavam negociando com o Ministério da Saúde.
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Reverendo
De acordo com o site, o diálogo entre os dois, eles falam no nome do reverendo Amilton de Paula para acertar a conversa com Bolsonaro.
Por exemplo, quem fala primeiro é o empresário Cristiano Carvalho:
“Dominghetti, agora nós precisamos aí…O reverendo tá falando que tá marcando um café da manhã com o presidente amanhã às 10h, 9h, sei lá eu, que vai ter um café com os líderes religiosos. A gente vai entrar no vácuo, tá? Agora tem que fazer ele confirmar isso aí pra gente colocar uma pulguinha atrás da orelha do… Do presidente, tá?”
Em seguida, o cabo da PM envia um mensagem de voz para o empresário:
“Cristiano, o que eles me falaram, eu nem sabia que ia ter agenda com o Bolsonaro, você que me falou, o que eles me falaram é assim, que estão atuando fortemente lá, que agora depende do presidente, ele não marca agenda, ele fala assim vem aqui agora. Então, assim, de uma forma mais urgente. Agora, para falar com ele em agenda, eles conseguem marcar segunda, terça, quarta, porque aí entra na agenda oficial”, diz Dominghetti.
Leia mais sobre o assunto no G1.
Foto: Reprodução