Equipes de comunicação de governadores identificaram uma “segunda onda de ataques” coordenados contra eles nas redes sociais, as famosas fake news.
Intenso no começo da pandemia, o movimento arrefeceu no segundo semestre. Porém, foi retomado na segunda quinzena de fevereiro, quando Jair Bolsonaro colocou a culpa pelo aumento de preço dos combustíveis nos governadores.
Desde o domingo (28), a onda ganhou contornos de tsunami quando o presidente divulgou informações no mínimo equivocadas sobre repasses federais ao combate à covid-19 nos Estados.
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Déjà… A maior parte das fake news foi a respeito de lockdowns: no Ceará, um “decreto” com a logo do governo do Estado baixava a medida por 40 dias.
…vu. No Maranhão e no Piauí, um mesmo texto sobre supostas medidas de restrição (inclusive com multa de R$ 180 para pessoas físicas) teve de ser desmentido pelo governo.
Gabinete? O tema foi debatido por secretários estaduais de Comunicação do Nordeste: acreditam em uma ação coordenada.
Alerta. Em São Paulo, a Casa Militar monitora as ameaças ao governador João Doria. Apesar de serem frequentes, pioraram nos últimos dias em redes sociais e até no WhatsApp particular dele. A “agravante” foi o anúncio da fase vermelha no Estado.
Sem tempo. A secretária de Comunicação do Rio Grande do Norte, Maria da Guia Dantas, disse que a situação é “surreal”: “O Brasil com tantas mortes e, desde o final de semana, estamos gastando o precioso tempo da comunicação oficial para esclarecer sobre informações distorcidas”.
Fecha. Aliás, até sexta-feira, 5, Ceará e Rio Grande do Norte devem apertar medidas restritivas, mas sem decretar (ainda) lockdown.
Pinóquio. Bolsonaro, de novo, mentiu. Desta vez, mentiu sobre a vacinação. O Brasil está longe de ser exemplo para o mundo.
SINAIS PARTICULARES.
Eduardo Pazuello, ministro da Saúde
Rolando Lero
Eduardo Pazuello adora gerúndio, planilhas e cronogramas. E assim vai enrolando alguns parlamentares e Ministério Público, a turma do “me engana que eu gosto”.
CLICK
Na reunião da cúpula do Ministério da Saúde com a Pfizer (na tela), em que discutiram a compra de vacinas, uma ausência salta aos olhos: a de máscaras.
Motivos
A rendição de Bolsonaro às queixas de grupos de caminhoneiros, principalmente em relação ao preço do óleo diesel, foi vista no Ministério de Infraestrutura como “política”.
De olho
A pasta monitora diariamente a categoria e, desde o início do ano, não vê qualquer risco de paralisação real de caminhoneiros autônomos, embora perceba algumas insatisfações pontuais.
Fogo de palha.
Alguns grupos chegaram a ensaiar protestos no Rio, em Minas e em Pernambuco na quarta-feira, 3, por causa do reajuste do piso mínimo do frete rodoviário, que ficou abaixo da expectativa, mas nenhum deles perdurou.
Bate em…
Para compensar ter zerado o PIS/Cofins sobre diesel e gás, o governo federal aumentou imposto sobre os bancos e acabou com o Regime Especial da Indústria Química.
…em Francisco?
Industriais paulistas querem saber se o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que recorreu contra o governo de São Paulo por medida semelhante, fará o mesmo com o amigo Jair Bolsonaro.
Pronto, falei!
Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo: “Governar é tomar decisões. É arbitrar. Quem não quer contrariar interesses não governa”, sobre grave momento da pandemia e discursos econômicos populistas.
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Foto: blog.saude.mg