O general Valério Stumpf, ex-chefe do Estado-Maior do Exército durante o governo de Jair Bolsonaro e atual presidente da Poupex, destacou em entrevista ao portal Metrópoles sua atuação na defesa da democracia em 2022, quando o Brasil enfrentava tensões políticas que envolviam ameaças de um golpe de Estado. “Fui vítima de ataques por cumprir a minha obrigação. Defendi a democracia em tempos complexos”, afirmou Stumpf, que permanece crítico às tentativas de desestabilizar as instituições democráticas.
Stumpf foi uma figura-chave na articulação para barrar ações radicais, mantendo contato institucional com o ministro Alexandre de Moraes, na época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ele reforçou que seu objetivo sempre foi garantir a segurança e a credibilidade das urnas eletrônicas, propondo medidas como testes de integridade com biometria, que foram implementadas pelo TSE.
O general rechaça veementemente as acusações de que teria atuado como informante de Moraes.
“O contato era institucional e sempre do conhecimento do Alto Comando do Exército. Alimentaram uma versão de que eu seria um ‘leva e traz’, algo absolutamente falso”, disse, destacando que a interlocução focava na preservação da democracia.
Mesmo com sua postura firme contra a ruptura institucional, Stumpf passou a ser alvo de ataques dentro e fora das Forças Armadas.
Ele e sua família foram insultados, e ele chegou a ser chamado de “traidor da pátria” por setores alinhados ao golpismo.
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Apesar das agressões, o general reforça seu compromisso com os valores democráticos. “Tenho orgulho de ter agido de forma leal ao comandante do Exército e ao Exército Brasileiro”, afirmou.
Com sua trajetória marcada pela defesa das instituições e da ordem democrática, Stumpf continua sendo uma figura de referência nos debates sobre o papel das Forças Armadas na política brasileira.
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Foto: reprodução