O general da reserva Antônio Hamilton Mourão confirmou, nesta segunda-feira (2), que é pré-candidato a presidente ou a vice-presidente pelo PTBR nas eleições deste ano. Ele estava sendo cotado para a disputa, e agora foi confirmado.
Falta definir se ele será cabeça de chapa ou vice de Levy Fidélix, conforme escreveu a jornalista Amanda Audi para o Congresso em Foco .
“Estamos na caminhada e queremos que general Mourão componha conosco este quadro lá na convenção. Vamos aguardar os fatos, para ver se ele sai na cabeça e eu de vice ou vice-versa”, disse Fidelix.
A declaração foi dada por Fidelix , nesta segunda-feira (2), em Salvador, durante evento de lançamento da pré-candidatura de João Henrique ao governo da Bahia.
Historicamente, Fidélix é o candidato à presidência pelo partido – apesar de nunca ter chegado perto de ganhar uma eleição.
Este ano, porém, ele pretende abrir mão da cabeça de chapa por considerar que Mourão conquistaria mais adesão entre os eleitores.
A intenção é dividir o eleitorado conservador com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL).
Mourão também deve priorizar pautas ligadas à segurança pública.
Quando passou à reserva, Mourão fez um discurso em que elogiou o coronel Carlos Brilhante Ustra , ex-chefe do DOI-CODI, um dos principais órgãos de censura e tortura da ditadura militar. Ele também manifestou apoio político a Bolsonaro na ocasião.
Intervenção sugerida
Mourão passou a ser conhecido do grande público em setembro de 2017 quando, em um evento em Brasília, sugeriu que o Exército poderia fazer uma intervenção militar para atuar contra a corrupção no país.
Disse ele na ocasião: “Até chegar o momento em que ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso.”
O militar também criticou publicamente o governo Michel Temer (MDB), dizendo que ele se baseava em um “balcão de negócios”.
Também fez manifestações contrários aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, do PT.
Depois da polêmica, ele perdeu o cargo de secretário de economia e finanças da Força Militar, passou a ser adido da secretaria-geral do Exército e, pouco depois, se aposentou.
Mourão se filiou ao partido em abril. Em entrevistas recentes, ele procura deixar em aberto a possibilidade de se aliar a Bolsonargo na disputa.
O PRTB não tem nenhum parlamentar eleito nesta legislatura e terá apenas 10 segundos de propaganda eleitoral na televisão.
O Congresso em Foco tentou contato com general Mourão, mas ele não atendeu às ligações.
Foto: Reprodução/falapetrolina.com