Gilmar Mendes recomenda ajuda psiquiátrica a Rodrigo Janot

Mariane Veiga
Publicado em: 27/09/2019 às 09:16 | Atualizado em: 27/09/2019 às 09:16
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, reagiu na manhã desta sexta-feira, dia 27, com “alguma surpresa” à revelação de Rodrigo Janot a VEJA de que o ex-procurador-geral da República foi armado à corte para matá-lo. O ministro recomendou que o ex-chefe da PGR procure ajuda psiquiátrica.
Ele lamentou “o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas, destacando que a eventual intenção suicida, no caso, buscava apenas o livramento da pena que adviria do gesto tresloucado.”
Para o ministro, o combate à corrupção no Brasil — “justo, necessário e urgente” — tornou-se refém de fanáticos que nunca esconderam que também tinham um projeto de poder.
Gilmar Mendes disse estar surpreso com a revelação. “Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer.”
Ele ainda levantou críticas a respeito da atuação do ex- procurador. “Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram”. “Recomendo que procure ajuda psiquiátrica. Continuaremos a defender a Constituição e o devido processo legal,” afirmou.
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Foto : Marcello Casal Jr/ Agência Brasil