O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), voltará a antecipar o calendário de vacinação em São Paulo. A imunização dos adultos (maiores de 18 anos) com a primeira dose, prevista para acabar no dia 20 de agosto, deve ser finalizada já na primeira quinzena do mês.
Doria divulgará o novo calendário da imunização de adultos e a data final para a vacinação do grupo nesta quarta (28), em entrevista coletiva.
Na sequência, o SP começará a imunizar adolescentes.
De 20 a 29 de agosto serão vacinados adolescentes com comorbidades, deficiências e gestantes de 12 a 17 anos.
De 30 de agosto a 5 de setembro serão vacinados adolescentes em geral, de 15 a 17 anos.
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Já os adolescentes em geral de 12 a 14 anos serão imunizados entre 6 e 12 de setembro.
O estado de São Paulo já vacinou 75% de sua população adulta.
Já foram aplicadas 34,9 milhões de doses dos imunizantes.
Do total, 25,3 milhões correspondem a primeira dose das vacinas Coronavac, Pfizer e Oxford/AstraZeneca, 8,3 milhões à segunda dose destes imunizantes e 1 milhão à Janssen, que exige apenas uma dose.
A vacina mais aplicada no estado é a de Oxford/AstraZeneca (15,4 milhões), seguida da Coronavac (14,3 milhões), da Pfizer (3,8 milhões) e da Janssen (um milhão).
Ministério contra
O Ministério da Saúde não queria o “protagonismo” do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), no calendário de vacinação no país, indica documentos enviados à CPI da covid obtidos pela TV Globo.
A informação consta em documento interno que circulou no ministério em 2020 e tratava sobre a estratégia de comunicação da pasta na pandemia.
O documento é intitulado “Novembro 2020_Planejamento em comunicação anúncio CoronaVac”.
Em novembro, o governo federal ainda não tinha fechado com o Butantan o acordo para compra de doses da vacina. Era um período em que o presidente Jair Bolsonaro, em disputa política com Dória, desdenhava da “vacina chinesa”.
No documento, o ministério faz um diagnóstico sobre a atuação de Dória a favor da CoronaVac.
“São Paulo domina pela sensação de ‘segurança’ ao anunciar mês e data para ter uma vacina”, afirmou a pasta.
Na época, o governo federal só tinha contrato com a AstraZeneca/Oxford e com o consórcio Covax Facility, mas ainda não tinha uma data de quando as doses começariam a chegar.
O documento prevê que se intensificariam as cobranças ao governo federal sobre uma data para a vacinação.
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Foto: Divulgação/ Governo de SP