Governador do Tocantins renuncia após afastamento do cargo
Mauro Carlesse é suspeito de um esquema de pagamento de propina e obstrução de investigações

Mariane Veiga
Publicado em: 11/03/2022 às 19:03 | Atualizado em: 11/03/2022 às 19:20
A defesa do governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse, que renunciou ao gargo nesta sexta-feira (11), informará a decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Dessa maneira, os advogados esperam que o processo mude rapidamente de instância e passe à Justiça Federal do Tocantins, com a perda do foro privilegiado.
Em outubro, o STJ ordenou que Carlesse fosse afastado do cargo por seis meses, até abril de 2022.
O governador afastado é suspeito de um esquema de pagamento de propina e obstrução de investigações.
Em janeiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que a corte mantivesse Carlesse afastado e citou “inúmeras provas” contra o investigado.
O documento foi assinado pela subprocuradora Lindôra Araújo, braço direito de Augusto Aras.
O advogado de Carlesse, Juvenal Klayber, criticou as investigações: “É tudo muito estranho. Há 11 governadores investigados no STJ, mas só Carlesse estava afastado. A renúncia de Carlesse foi um desapego ao cargo público. Provaremos sua inocência”.
O defensor protocolou a carta de renúncia na Assembleia Legislativa de Tocantins às 15h desta sexta-feira (11). No fim da tarde, os deputados estaduais fariam mais uma votação no impeachment de Carlesse.
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Foto: Washington Luiz/ Governo do Tocantins