Governo federal recebe alertas de nova onda da pandemia
O ministro da SaĂºde, Marcelo Queiroga, disse que o exemplo do Amazonas deve servir de alerta para evitar uma nova onda

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 22/05/2021 Ă s 17:31 | Atualizado em: 22/05/2021 Ă s 17:38
O governo federal vem recebendo alertas sobre a chegada de uma nova onda da pandemia de Covid-19 de secretĂ¡rios de estados e municĂpios.
Segundo gestores do SUS que participam das discussões, o ministro da SaĂºde Marcelo Queiroga afirma ter preocupaĂ§Ă£o sobre o cenĂ¡rio da crise sanitĂ¡ria.
Contudo, publicamente minimiza o risco de alta no curto prazo. Segundo o Yahoo notĂcias.
Por isso, em documentos internos, a SaĂºde reconhece que Ă© incerta a evoluĂ§Ă£o da doença.
“NĂ£o estamos vislumbrando isso nesse momento. A maneira adequada de se evitar terceira onda Ă© avançar na campanha de vacinaĂ§Ă£o”, disse o ministro nesta sexta-feira (21).
Ele afirmou que alguns estados e municĂpios jĂ¡ notaram “pressĂ£o sobre o sistema de saĂºde”. “Isso se reflete pela abertura que foi concedida nesses estados.”
Alta da doença
Presidente do Conass (Conselho Nacional de SecretĂ¡rios de SaĂºde) e secretĂ¡rio no MaranhĂ£o, Carlos Lula afirma que alertou Queiroga, nesta semana, sobre possĂvel alta da doença.
Nesse sentido, para Lula, o recrudescimento da pandemia pode ser superior aos anteriores. “A gente jĂ¡ parte de um patamar muito alto”, disse o secretĂ¡rio.
Segundo ele, o SUS nĂ£o tem estoque suficiente de insumos essenciais, como kits de intubaĂ§Ă£o, e estĂ¡ perto do limite da expansĂ£o de leitos.
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Nova onda
Ontem (21), o Brasil registrou 2.136 mortes pela doença e 77.598 novos casos, totalizando 446.527 Ă³bitos e 15.976.156 pessoas infectadas durante a crise sanitĂ¡ria.
A mĂ©dia mĂ³vel de mortes ficou em 1.963 Ă³bitos por dia nesta sexta, abaixo de 2.000 pelo 11º dia consecutivo. HĂ¡ 120 dias a mĂ©dia estĂ¡ acima de mil Ă³bitos diĂ¡rios.
A Ă¡rea tĂ©cnica da pasta afirmou ao MinistĂ©rio da Economia, no dia 13 de maio, que o “cenĂ¡rio da pandemia no Brasil Ă© caracterizado pelo recrudescimento da doença”.
AlĂ©m disso, defendeu que fossem mantidas as reduções de custos para importaĂ§Ă£o de insumos e medicamentos para evitar desabastecimento.
Por exemplo, em abril, a SaĂºde disse Ă equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) que a crise era grave e havia incertezas sobre a demanda futura por leitos e medicamentos.
Desse modo, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), esteve com Queiroga, no fim de abril, para tratar de uma possĂvel nova onda no estado, tido como bĂºssola da evoluĂ§Ă£o da doença no resto do paĂs.
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Foto: DivulgaĂ§Ă£o/AgĂªncia Brasil