O hacker Walter Delgatti Neto foi preso nesta quarta-feira (2/8) pela Polícia Federal (PF), após revelar em depoimento anterior que teve um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, onde discutiram sobre o sistema das urnas eletrônicas.
Segundo o hacker, Bolsonaro questionou se ele seria capaz de invadir as urnas utilizando o código-fonte dos equipamentos, porém, Delgatti Neto afirmou que essa tentativa não teve prosseguimento.
O encontro entre Bolsonaro e o hacker teria sido intermediado pela deputada federal Carla Zambelli, também alvo da operação da PF.
As investigações estão apurando se Delgatti Neto invadiu o site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a pedido de Carla Zambelli, inserindo documentos fraudulentos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, incluindo um falso mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
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A operação desta quarta-feira, chamada de 3FA, foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes e resultou na prisão preventiva de Walter Delgatti Neto e na realização de cinco mandados de busca e apreensão contra ele e Carla Zambelli, sendo três no Distrito Federal e dois em São Paulo.
Além disso, foram determinadas medidas de apreensão de armas, munições, computadores, celulares, passaporte e outros dispositivos eletrônicos, bem como apreensão de dinheiro e bens de valor superior a R$ 10 mil, desde que não comprovada cabalmente a origem lícita.
A defesa de Walter Delgatti Neto confirmou a prisão do hacker, enquanto a defesa de Carla Zambelli divulgou uma nota em que a deputada nega qualquer envolvimento ilícito e se coloca à disposição para prestar informações necessárias às autoridades.
Ela aguardará o desfecho das investigações e a demonstração de sua inocência.
As investigações prosseguem para esclarecer os fatos e apurar possíveis crimes de invasão de dispositivo de informática e falsidade ideológica.
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Foto: Beto Barata/PL
