O ex-candidato à presidência, Fernando Haddad (PT), voltou a chamar o presidente Jair Bolsonaro de “genocida” durante live realizada pela TVT, nesta terça-feira (16).
A provocação ocorre após o governo usar a Lei de Segurança Nacional para intimar o youtuber Felipe Neto a depor por ter usado o termo contra o chefe do Executivo.
“Hoje, o João Dória chamou Bolsonaro de genocida. Processa o Doria, pô. Seja homem”, disse Haddad na live.
“O Bolsonaro não tem coluna vertebral. Ele manda a Polícia Federal na casa do menino bem-sucedido, de um youtuber. O governador do estado o chamou de genocida. Eu o chamei mil vezes. E ele manda a PF na casa do youtuber? Por que não manda a polícia aqui? Vai mandar a PF na casa do menino?”, questionou.
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Durante a live, Haddad disse ainda que “Bolsonaro não tem condições morais, intelectuais e físicas de enfrentar nada” e que o considera como “um nada na presidência”.
“É uma coisa muito indigna. Eu fico me perguntando: como o país deixou chegar a esse ponto? O nível de destruição do país será muito grande”, ressaltou.
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O ex-presidente Lula (PT) foi às redes sociais, também na terça-feira, para prestar solidariedade a Felipe Neto. No Twitter, Lula chamou a intimação de “silenciamento” e acusou a medida de ser uma das “armas do fascismo”.
“Manifesto minha solidariedade a @felipeneto. Que a tentativa de intimidação e censura desse desgoverno não o impeça de continuar se manifestando livremente, como é próprio da democracia, independente de sua posição. O silenciamento é uma das armas do fascismo”, escreveu o ex-presidente na rede social.
O influenciador respondeu ao comentário de Lula, dizendo que o ex-presidente nunca tentou silenciá-lo durante o seu governo.
“Passei mais de 5 anos atacando o Lula. Nunca recebi sequer uma notificação. Nunca tentou me silenciar. Isso diz muito”, escreveu no Twitter.
A queixa-crime contra Neto foi apresentada pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente.
O “crime contra a segurança nacional” está previsto na Lei de Segurança Nacional, criada na ditadura militar para reprimir opositores ao regime.
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Foto: divulgação