O presidente da Câmara, Hugo Motta, gerou polêmica ao negar que os ataques de 8 de janeiro foram uma tentativa de golpe. Ele classificou os atos como uma “agressão inimaginável”, mas destacou a ausência de líderes ou apoio institucional para caracterizá-los como golpe.
“Foi uma agressão às instituições, uma agressão inimaginável, ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer. Agora querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso.”
Aliados de Lula reagiram imediatamente. Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, afirmou que a análise de Motta é “equivocada”. Ele reforçou que os ataques foram claramente uma tentativa de golpe violento.
Por sua vez, a senadora Eliziane Gama(PSD-MA), relatora da CPI do 8 de Janeiro, foi enfática: “houve tentativa de golpe e o responsável por liderar esses ataques tem nome e sobrenome. É Jair Messias Bolsonaro”. Ela citou provas coletadas durante a investigação.
Gleisi Hoffmann (PR), deputada federal e presidente do PT, também se posicionou contra a anistia aos envolvidos. Ela defendeu a democracia e a necessidade de respeitar as decisões da Justiça.
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De forma similar, Rogério Correia (PT-MG), vice-líder do governo, chamou as declarações de Motta de “negacionismo inaceitável”. Ele listou diversas provas, como minutas golpistas e planos de assassinato, para reforçar a tese de golpe.
Nesse contexto, Motta, eleito com apoio de PT e PL, evitou se comprometer com a anistia antes de assumir a presidência da Câmara. Ele afirmou que o tema exige cuidado, já que gera tensões com o Judiciário e o Executivo.
Enquanto isso, o STF já condenou 1.397 pessoas pelos ataques, com penas que chegam a 14 anos de prisão. A maioria dos réus fez acordos de não persecução penal, evitando a prisão.
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Foto: divulgação