Ianomâmis: PF de Roraima vai investigar genocídio indígena

Ministério da Justiça cita que a gestão de Jair Bolsonaro ignorou 21 ofícios com pedidos de ajuda dos ianomâmis.

Ianomâmis: PF de Roraima vai investigar genocídio indígena

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 25/01/2023 às 16:51 | Atualizado em: 26/01/2023 às 11:16

A Polícia Federal de Roraima vai investigar suspeitas de crimes de genocídio, omissão de socorro e danos ambientais, além de outros crimes conexos, em terras ianomâmis.

A abertura de inquérito policial é uma determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Como informa o Metrópoles.

De acordo com a publicação, na segunda-feira (23), o ministro da Justiça, Flávio Dino, estabeleceu o início da apuração sobre o incentivo político, durante o governo Bolsonaro.

Por exemplo, a garimpos ilegais e ao abandono dos serviços de saúde.

Nesse sentido, quem ficará com o caso, que está em sigilo, é a Superintendência Regional da PF, em Roraima.

Desse modo, ante o incentivo político a garimpos ilegais em terras indígenas, o abandono no que tange à disponibilização de ações e serviços de saúde, bem como à ausência de estratégias para garantia da segurança militar dos Yanomami […], determino a essa Polícia Federal a instauração de procedimento de investigação da autoria de cometimento, em tese, dos crimes de genocídio, de omissão de socorro, e dos crimes ambientais […], além de outros crimes a serem apurados pela autoridade policial, diz o ofício.

Dessa forma, a determinação do Ministério da Justiça cita que a gestão do governo federal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ignorou 21 ofícios com pedidos de ajuda dos ianomâmis.

Assim como, denúncias de aumento dos relatos de ataques de garimpeiros e pedidos de reforço na segurança.

Ainda segundo a informação, o documento cita pesquisas científicas que atestam alta da concentração de mercúrio naquele território.

Como resultado, isso gera a contaminação de rios, mata animais e dificulta que os indígenas consigam alimentos na floresta.

Leia mais no Metrópoles.

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Foto: Divulgação/Exército Brasileiro