Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, três inquéritos que envolvem o presidente da República, Jair Bolsonaro, no Supremo Tribunal Federal (STF) tiveram as investigações prorrogadas por 90 dias.
São eles o das fake news, o dos atos antidemocráticos e o que apura possível interferência indevida na atuação da Polícia Federal.
Conforme o jornal O Estado de São Paulo, o inquérito dos atos antidemocráticos foi deixado de lado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação é sobre a organização e financiamento dos atos que pediam intervenção militar e atacavam o STF e o Congresso.
De acordo com o apurado até agora, o “gabinete do ódio” funcionava no Planalto. A partir disso, canais bolsonaristas na internet chegavam a faturar mais de R$ 100 mil por mês.
A abertura de investigação criminal com base na Lei de Segurança Nacional foi logo após o discurso de Bolsonaro no Dia do Exército, em abril.
“Acabou a época da patifaria. Agora é o povo no poder. Vocês têm a obrigação de lutar pelo país de vocês. Nós não queremos negociar nada. Queremos é ação pelo Brasil”, disse Bolsonaro.
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Inquérito das fake news
Nas investigações de disseminação em massa de fake news já foram feitas pelo menos 18 ações de busca e apreensão.
Como resultado, ofensas e agressões que caracterizam crimes contra a honra, a integridade física e a vida dos ministros do STF foram descobertas. Em seguida, viraram inquéritos policiais.
Em maio, o STF realizou a mais ampla operação no inquérito. Esta ação atingiu políticos, empresários e blogueiros aliados de Bolsonaro. A princípio, seis deputados federais e o suposto “gabinete do ódio” estão no centro das apurações.
Interferência na polícia
Bolsonaro é alvo direto no caso denunciado pelo então ministro da Justiça Sérgio Moro, de tentativa do presidente de aparelhar a Polícia Federal a seu favor.
Entre as pendências a resolver com a prorrogação é o depoimento de Bolsonaro. Ele tentou desistir de falar à Polícia Federal, mas o STF não permitiu.
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Foto: Isac Nóbrega/PR