Justiça do Amazonas nega soltar acusados de matar Bruno e Dom
O pedido foi solicitado pela defesa de Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima

Publicado em: 28/10/2022 Ă s 18:52 | Atualizado em: 30/10/2022 Ă s 08:15
A Justiça Federal do Amazonas negou hoje o pedido de liberdade dos acusados de matarem o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, no Vale do Javari, Amazonas.
O pedido foi solicitado pela defesa de Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima. Os trĂªs sĂ£o acusados pelos assassinatos. Os suspeitos estĂ£o sendo acusados de duplo homicĂdio qualificado com agravante de motivo torpe e ocultaĂ§Ă£o de cadĂ¡ver.
O advogado Aldo Raphael de Oliveira alega que os acusados foram torturados, alĂ©m de estarem sendo privados de alimentaĂ§Ă£o adequada e banho de sol. A defesa afirma ainda que um dos trĂªs clientes, Oseney Oliveira, seria inocente e que sĂ³ confessou porque “foi torturado na delegacia de PolĂcia Civil em Atalaia do Norte”.
Ele ainda acusa a polĂcia de ter forçado o suspeito a envolver falsamente outras pessoas no caso, supostamente para que pudesse ser apontada a figura de um mandante.
“O denunciado Ă© analfabeto, e, ao chegar na sede da SuperintendĂªncia da PolĂcia Federal, sofreu bastante tortura psicolĂ³gica ao ser interrogado sem a presença de seus advogados”, disse Oliveira.
O advogado tambĂ©m solicitou que a federalizaĂ§Ă£o do caso fosse desfeita e que, portanto, ele fosse transferido para a Justiça estadual, porque o crime teria sido cometido fora de uma Ă¡rea de proteĂ§Ă£o ambiental ou indĂgena.
O juiz federal Fabiano Verli, negou a soltura dos trĂªs acusados, manteve a prisĂ£o preventiva e justificou nĂ£o ver “qualquer ilegalidade ou mudança relevante do estado de coisas que implique a cessaĂ§Ă£o desta medida cautelar”. Sobre o pedido para reversĂ£o da federalizaĂ§Ă£o do caso, o magistrado pediu a opiniĂ£o do MinistĂ©rio PĂºblico.
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Foto: ReproduĂ§Ă£o