Justiça decide que Haddad não vai indenizar Edir Macedo em R$ 79 mil
Edir Macedo buscava indenização por dano moral, além de retratação, em razão de uma declaração durante a campanha presidencial

Diamantino Junior
Publicado em: 06/11/2020 às 05:00 | Atualizado em: 05/11/2020 às 22:23
Não houve abuso nem excesso na fala do ex-prefeito de São Paulo e então candidato à presidência Fernando Haddad quando criticou o bispo Edir Macedo para qualificar seu opositor, Jair Bolsonaro, agora presidente.
Com esse entendimento, a 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, reverteu a sentença proferida em primeiro grau que obrigava Haddad a indenizar Edir Macedo em R$ 79 mil, por uma declaração dada em período eleitoral.
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Na ação judicial, Edir Macedo buscava indenização por dano moral no valor de R$ 79 mil, além de retratação, em razão de uma declaração de Haddad durante a campanha presidencial.
Em uma entrevista, após ser questionado por um jornalista sobre as acusações de Jair Bolsonaro, que dizia que Haddad tinha criado o ‘kit gay’, ele respondeu:
“Sabe o que é o Bolsonaro? Vou dizer para vocês o que é o Bolsonaro. Ele é o casamento do neoliberalismo desalmado, representado pelo Paulo Guedes, um neoliberalismo desalmado, que corta direitos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo. Isso que é o Bolsonaro. Sabe o que está por trás desta aliança? Chama, em latim, aura sacra fames: fome de dinheiro, só pensam em dinheiro.”
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Foto: Wikimedia Commons/via DCM Essencial