A ex-presidente Dilma Rousseff discursou na abertura do “6º Congresso Nacional do PT – Marisa Leticia Lula da Silva” e denunciou a perseguição jurídica e midiática que busca inviabilizar uma candidatura de Lula à Presidência da República.
Ela defendeu a realização de eleições diretas, a democratização dos meios de comunicação e uma constituinte para promover as reformas e retomar a democracia no Brasil.
“Estamos vendo avanço de medidas de exceção ocorrendo sistematicamente. Precisamos da legitimidade que só o voto direto dá. É diretas por uma questão de sobrevivência do país”, afirmou.
“Nós sabemos que todo cidadão brasileiro tem direito de ser candidato. O que nós queremos é que não inviabilizem nosso ex-presidente Lula em qualquer processo eleitoral. Não estou dizendo que é garantida a vitória, mas, sim, (que é preciso) garantir o direito de qualquer cidadão competir. Se tiver diretas, Lula é meu candidato”, discursou Dilma.
Ela também rechaçou a prática de lawfare por parte do Judiciário ao utilizar das armas jurídicas para perseguir o ex-presidente Lula.
Ela disparou: “Vergonha não é perder eleição. É perder e ganhar no tapetão. Querem eleger um presidente biônico… Só eleições diretas podem devolver a democracia ao povo brasileiro”.
Para Dilma, uma das principais consequências do golpe é a caça aos direitos dos trabalhadores, dos direitos previdenciários, dos jovens e dos direitos sociais. Ela rechaçou as reformas e a lei do teto do orçamento público, que sacrificam o povo em detrimento dos interesses empresariais.
“Tudo isso faz parte dessa consciência da oligarquia brasileira e dessa política frustrada em quatro eleições que tem ambições desmedidas com a mídia e segmentos empresariais e financeiros. Eles se articularam para implantar o modelo que as urnas não reconheceram como sendo aquele que o povo brasileiro queria”, afirmou.
Fonte: Agência PT
Foto: Agência PT