Médicos serão obrigados a escolher quem viverá, diz presidente da AMB
O motivo é o colapso na saúde com a superlotação de leitos nas redes pública e privada no Brasil por conta da pandemia de covid-19
Ednilson Maciel, da Redação do BNC AMAZONAS
Publicado em: 03/04/2021 às 08:02 | Atualizado em: 03/04/2021 às 08:02
Os profissionais de saúde serão obrigados a decidir quem terá chance de continuar vivo. O alerta é do presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (2).
Segundo ele, o motivo é o colapso na saúde com a superlotação de leitos nas redes pública e privada no Brasil por conta da pandemia de covid-19. Ele afirma que não há mais leitos de UTI.
“Os números de espera tanto para UTI quanto para enfermaria são assustadores. Muitos não vão ser acolhidos, levando médicos a uma situação dramática de fazer a opção por pacientes, obedecendo a critérios pré-definidos”, afirma.
Quem já garantiu um leito também corre riscos. “Para os pacientes internados na UTI faltam insumos básicos, as reservas estão escassas”, explica.
Fernandes falou também sobre a importância dos intensivistas, que trabalham no limite e ficam esgotados. “Não dá para repor intensivista de um dia para o outro”.
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