Militar que levou droga em comitiva de Bolsonaro faz acordo na Espanha
Sargento viajou a Sevilha com 39 kg de cocaína na bagagem, e ia em um dos voos da comitiva que levava Jair Bolsonaro a um encontro do G20, no Japão

Neuto Segundo, Da redação do BNC Amazonas
Publicado em: 24/02/2020 às 12:37 | Atualizado em: 24/02/2020 às 12:37
O sargento Manoel Silva Rodrigues, que foi preso na Espanha com 39 quilos de cocaína levados num avião da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, em julho de 2019, fez um acordo com a promotoria espanhola e vai cumprir pena de seis anos e um dia de prisão.
É uma redução da condenação anterior, de oito anos. Rodrigues também deve pagar uma multa de 2 milhões de euros (cerca de R$ 9,5 milhões, na cotação atual).
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Segundo a agência Efe, a pena foi diminuída depois da admissão de autoria por parte de Rodrigues – na corte, o sargento afirmou estar profundamente arrependido.
Rodrigues foi preso em Sevilha em 25 de junho de 2019.
Ele havia viajado a Sevilha com 39 kg de cocaína na bagagem, e ia em um dos voos da comitiva que levava Jair Bolsonaro a um encontro do G20, no Japão. O presidente não estava no mesmo avião.
O brasileiro afirmou que sua missão era levar a droga até a Europa e voltar.
Ao sair do aeroporto, ele iria para um centro comercial, onde aguardaria uma pessoa que daria um sinal.
“Em 20 anos de limitar, nunca abriram nenhum processo contra mim, e eu nunca tive nenhuma sanção, mas meu salário não é muito alto e eu estava passando por dificuldades econômicas”, disse o condenado, segundo o jornal “ABC de Sevilla”.
Ele ainda afirmou que pretende voltar ao Brasil e trabalhar.
A promotoria considerou que o militar brasileiro foi sincero e reconheceu seus crimes.
Lei no G1
Foto: redes sociais