Ministério da Saúde distribui medicamentos contra coronavírus
Ministério da Saúde informa que começou a distribuir 3,4 milhões dos medicamentos para casos grave.

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 26/03/2020 às 20:44 | Atualizado em: 26/03/2020 às 20:44
O Ministério da Saúde começou a distribuir aos estados, 3,4 milhões de unidades cloroquina e hidroxicloroquina para uso em pacientes com formas graves do coronavírus. Por ser uma doença nova, ainda não há evidências científicas suficientes que comprovem sua eficácia. No entanto, há estudos promissores que demonstram o benefício do uso em pacientes graves.
O protocolo prevê cinco dias de tratamento e é indicado apenas para pacientes hospitalizados. De acordo com o MS, a cloroquina e hidroxicloroquina irão complementar outros suportes utilizados no tratamento. As informações são do Ministério da Saúde (leia aqui).
Esses suportes são assistência ventilatória e medicações para os sintomas, como febre e mal-estar. Desta forma, tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina não servem para prevenir a doença e nem tratar casos leves.
Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (foto), ainda existem poucas evidências sobre o medicamento. Entretanto o Ministério da Saúde irá deixar ao alcance do profissional médico, desde que ele entenda que o paciente grave possa se beneficiar com o uso.
“Esse medicamento já provou que tem ação na evolução do ciclo do vírus, mas os estudos em humanos estão em curso. Essa é uma alternativa terapêutica que estamos dando aos profissionais de saúde para tratarmos esses pacientes graves que estão internados”, disse Luiz Henrique Mandetta.
Ministério alerta
O ministro fez ainda um alerta às pessoas que vão às farmácias em busca da cloroquina: “Quero fazer um pedido à população: não usem esse medicamento fora do ambiente hospitalar. Esse medicamento tem muitos efeitos colaterais que podem prejudicar a saúde”.
Medicamentos dessa classe terapêutica já são disponibilizados no SUS. Portanto, servem para tratamentos de outras doenças, como a malária, lúpus e artrite reumatóide.
Até o momento, a pasta esclarece que não há nenhum medicamento ou substância que possam prevenir a infecção pelo coronavírus.
Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República/arquivo