Moraes não aceita que Cade e PF investiguem pesquisas 

Para o presidente do TSE, tanto a Polícia Federal quanto o Cade são incompetentes para a tal investigação

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 13/10/2022 às 22:50 | Atualizado em: 13/10/2022 às 22:50

O ministro Alexandre de Moraes (foto), presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), suspendeu, nesta quinta-feira (13), a investigação de empresas e institutos de pesquisas eleitorais. No alvo do inquérito estavam o Datafolha, Ipec e Ipespe. A Polícia Federal (PF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriram inquérito para o caso.

De acordo com a reportagem de Paulo Roberto Netto e Gilvan Marques, do UOL, Moraes usou o poder de polícia do TSE para barrar a investigação. 

“Patente, portanto, a competência desta corte eleitoral para, no exercício de seu poder de polícia, disciplinado no art. 23 do Código Eleitoral, fazer cessar as indevidas determinações realizadas por órgãos incompetentes e com indicativos de abuso de poder político e desvio de finalidade”, diz trecho do documento. 

“Diante do exposto, torno sem efeito ambas as determinações, vedando-se a instauração tanto do procedimento administrativo pelo Cade, quanto do inquérito policial pela polícia federal, por incompetência absoluta de seus órgãos prolatores e ausência de justa causa”, acrescenta o ministro.

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Contraria Ministério da Justiça  

A Polícia Federal abriu, nesta quinta-feira (13), uma investigação formal sobre os institutos de pesquisa eleitoral.  

O inquérito foi requisitado pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, a partir de uma representação da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O Ministério da Justiça afirmou que “a divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa”. 

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Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil