O juiz federal Sérgio Moro aceitou o convite do presidente da República eleito Jair Bolsonaro (PSL) para um encontro no Rio de Janeiro hoje, dia 1º de novembro, quando deve manifestar interesse em aceitar o cargo de superministro da Justiça.
Embora tenha declarado à TV Record durante o voo que nada está decidido, Moro mostrou-se disposto a aceitar a indicação pessoal de Bolsonaro caso haja “convergência de ideias” para a criação de uma pauta de combate à corrupção e ao crime organizado
A pasta deve ser ampliada com a fusão de outras áreas, como a segurança pública (com a Polícia Federal), transparência, controladoria-geral e de atividades financeiras e o combate ao crime organizado.
Nessa reunião, da qual participa também o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PSL), Moro vai dar o sim ao convite de Bolsonaro. Isso é o que afirma hoje a coluna “Direto da Fonte”, da revista Exame.
Moro, que é o juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba, responsável pela primeira instância da operação Lava Jato e que desencadeou a prisão do ex-presidente da República Lula da Silva (PT) depois que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) aumentou a condenação de 9 para 12 anos de prisão em regime fechado.
Lula está preso desde abril em cela da Polícia Federal, em Curitiba, por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Pauta de encontros com Lula Opositores de Bolsonaro, segundo a Folha, colocaram Moro sob suspeição para continuar julgando processos de Lula caso aceite hoje o convite para ser ministro.
Já há uma audiência marcada por Moro para interrogar Lula no próximo dia 14 sobre o processo do sítio de Atibaia (SP). Nesse caso, o petista é acusado de ter recebido propina da Odebrecht, da OAS e do pecuarista José Carlos Bumlai em forma de obras no imóvel.
E em dezembro Moro julgaria ação penal na qual Lula é apontado como beneficiário de suborno da Odebrecht na compra de um imóvel em São Paulo para o construção do Instituto Lula.
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Foto: Reprodução/TV Globo
