As mortes violentas no Brasil não pararam nas 63.880 vítimas fatais de 2017. Há um dado mais triste: entre 1997 e 2016 foram assassinados, por ano, cerca de 9 mil menores de 19 anos.
Os dados fazem parte do 12º Anuário de Segurança Pública e da Fundação Abrinq .
A estatística dos quase 64 mil assassinatos foi divulgada na quinta-feira, dia 9, em São Paulo, durante o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (na foto , famílias lembram parentes na Praia de Ponta Negra de Natal [RN]).
O levantamento dos jovens é da Fundação Abrinq, com base nos dados do Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM), ao qual a Globonews teve acesso .
Se analisados os últimos cinco anos do período, de acordo com a publicação do G1 , o número passa de 10 mil mortes anualmente registrados pela Abrinq.
Em 2016 foram registrados 11,6 mil homicídios de crianças e adolescentes no país.
O número é 75,1% superior ao contabilizado em 1997, quanto foram registrados 6,6 mil casos.
Quanto analisados somente o número de mortes de menores de 19 anos por arma de fogo, o aumento é de 113,7%, de 4,2 mil em 1997 para 9,1 mil em 2016.
Mortes violentas
No caso das mais de 63 mil mortes violentas somente em 2017, trata-se do maior número de homicídios da história recente do país.
Os dados indicam que foram assassinadas 175 pessoas por dia, registrando elevação de 2,9% em comparação a 2016.
A taxa é de 30,8 mortes para cada 100 mil habitantes, de acordo com dados do 12º Anuário de Segurança.
O Rio Grande do Norte (68) registrou a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes, seguido por Acre (63,9) e Ceará (59,1).
As menores taxas estão em São Paulo (10,7), seguida de Santa Catarina (16,5) e Distrito Federal (18,2).
De acordo com o levantamento, o número de homicídios dolosos cresceu 2,1%, ao atingir os 55.900. As lesões corporais seguidas de morte totalizaram 955, com crescimento de 12,3%. Já os latrocínios caíram 8,2% e foram 2.460.
População carcerária
De acordo com o anuário, a população carcerária brasileira era de 729.463 pessoas em 2016 – 689.947 no sistema penitenciário e 39.516 sob custódia das polícias.
O estudo mostra ainda o déficit no sistema prisional que contava com 367.217 vagas, o que resulta em duas pessoas presas para cada vaga.
Foto: Reprodução/José Aldenir/Tribuna do Norte