MP investiga novos nomes do núcleo de Bolsonaro no caso das rachadinhas

Apesar das vitórias recentes obtidas no STJ e no STF, os últimos movimentos nas investigações sobre o antigo gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Alerj mostram que o senador ainda está longe de se ver livre do caso da rachadinha

Relatório que chega ao MPRJ cita F. Bolsonaro em movimentações atípicas

Mariane Veiga

Publicado em: 16/12/2021 às 11:40 | Atualizado em: 16/12/2021 às 11:54

De acordo com a colunista Juliana Dal Piva, do Uol, novos nomes do núcleo mais próximo do presidente Jair Bolsonaro ganham holofote nas investigações das rachadinhas.

É o caso de Marcia Salgado Oliveira, tia de Jorge Oliveira, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) e ex-titular da Secretaria-Geral da Presidência, até a nomeação pelo presidente no ano passado.

Apesar das vitórias recentes obtidas no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no STF (Supremo Tribunal Federal), os últimos movimentos nas investigações sobre o antigo gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) mostram que o senador ainda está longe de se ver livre do caso da rachadinha.

Conforme a publicação, procurada, Marcia Salgado Oliveira não retornou aos contatos.

O caso que apura a entrega ilegal de parte dos salários de funcionários de Flávio iniciou no MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) em julho de 2018.

No entanto, em 2019, após o STF enviar o caso para a primeira instância, a apuração criminal seguiu no Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), agora extinto.

Já a investigação cível foi para a 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital.

Portanto, é no caso cível que aparece a tia do ministro Jorge Oliveira e é esse que retomou a tramitação nos últimos meses.

O MP fez, em setembro deste ano, um novo pedido de quebra de sigilo dos investigados.

Desta vez, para instruir uma ação cível por improbidade e na lista de pedidos de quebra consta Márcia Salgado Oliveira, tia do ministro Jorge Oliveira, entre outros investigados.

A juíza Neusa Regina Leite, da 14ª Vara de Fazenda Pública, negou o pedido de quebra de sigilo e o MP recorreu da decisão.

Com isso, todas as 36 pessoas investigadas e as três empresas arroladas foram notificadas no fim de novembro para apresentar defesas das suspeitas apresentadas pelo MP.

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Foto: Pedro França/Agência Senado