MPF denuncia Glenn Greenwald por invasão de celulares
Acusação diz que Glenn orientou hackers a apagar parte do conteúdo repassado para a publicação de reportagens

Mariane Veiga
Publicado em: 21/01/2020 às 13:52 | Atualizado em: 21/01/2020 às 13:52
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denuncia contra o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, por suposta ligação com hackers que invadiram os celulares de autoridades, entre elas o ministro Sérgio Moro.
Outras seis pessoas também foram denunciadas no âmbito da Operação Spoofing, da Polícia Federal (PF), que investiga o caso.
O Correio destaca que Gleen foi denunciado mesmo sem ser investigado durante a investigação. E que ele não foi indiciado pela PF no inquérito que foi enviado ao Ministério Público.
O MPF alegou que “ficou comprovado que o jornalista auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante o período das invasões”.
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A denúncia foi assinada pelo procurador Wellington de Oliveira, o mesmo que apresentou denuncia contra o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, por críticas que ele fez a Sérgio Moro.
Wellington alegou que “a organização criminosa executava crimes cibernéticos por meio de três frentes: fraudes bancárias, invasão de dispositivos e lavagem de dinheiro”.
Uma liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu que Gleen fosse investigado, em decorrência do sigilo da fonte jornalística, previsto no artigo 220 da Constituição Federal.
Gleen é autor de uma série de reportagens que lançam suspeitas sobre a conduta de Sérgio Moro e de procuradores da operação Lava-Jato durante a condução de processos como o do ex-presidente Lula da Silva (PT).
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