MPF pede investigação do diretor da PRF por crime de prevaricação

O objetivo da investigação solicitada é apurar se Silvinei Vasques cometeu crimes contra o estado democrático ou prevaricação

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Ferreira Gabriel

Publicado em: 02/11/2022 às 17:52 | Atualizado em: 02/11/2022 às 17:52

O Ministério Público Federal enviou uma solicitação à Polícia Federal nesta quarta-feira para abertura de inquérito para investigar o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.

O objetivo da investigação solicitada é apurar se Vasques cometeu crimes contra o estado democrático ou prevaricação.

O inquérito deve apurar tanto a realização de operações nas estradas pela PRF no domingo de eleições, que resultou em atrasos para eleitores chegarem aos locais de votação, como se o órgão foi conivente com os bloqueios nas rodovias pelo país.

“O inquérito policial deverá investigar se os bloqueios de veículos realizados pela PRF em várias estradas, principalmente na região Nordeste, no dia da votação, respeitaram a legislação e se não constituíram ofensa ao livre exercício do direito de voto pelos cidadãos abordados”, diz a Procuradoria em comunicado divulgado à imprensa.

O ofício foi enviado à Superintendência da PF no Distrito Federal, que deve ficar responsável pela investigação.

“A investigação requisitada pelo MPF neste feriado também verificará se houve omissão do Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal em relação aos bloqueios criminosos de rodovias que estão ocorrendo em todo o país desde a divulgação do resultado das eleições. É que o fato pode caracterizar os crimes de prevaricação (art 319) e participação por omissão nos crimes praticados pelos invasores das rodovias (arts. 359-L e 359-M do Código Penal)”, diz o órgão.

A solicitação de inquérito foi enviada à PF pela Procuradoria da República do Distrito Federal, depois que a 7ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF apontou suspeitas da prática de crime por parte de Silvinei Vasques.

No ofício, os membros da 7ª Câmara apontaram que há suspeitas de que a PRF desobedeceu a ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para não realizar operações envolvendo o transporte de eleitores. Por isso, apontam que Vasques pode ter cometido os crimes de prevaricação e desobediência. Dizem ainda que há indícios de que a PRF não tem atuado de forma adequada para desmobilizar as manifestações nas rodovias e liberar o fluxo nas estradas desde ontem.

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Foto: Divulgação